Trazendo inspirações pautadas no princípio de Karma Yoga, no qual a base filosófica é a prestação de serviços para a sociedade e para todos os seres vivos de forma que os mesmos consigam transcender as ondas do sofrimento, as amigas Karine Nascimento, Mara Bianchi e Suse Portes dão vida ao Coletivo Mandala.
O cultivo, afloramento e amadurecimento do coletivo se dão em meados de 2020, frente a necessidade inquietante das idealizadoras em realizar movimentos para o crescimento da comunidade em que vivem – a cidade de Caraguatatuba.
Diante das diversas situações culturais que tem diminuído a força da mulher na sociedade, o coletivo traz como foco questões ligadas ao feminino, sobretudo àquelas relacionadas a saúde da mulher e a sua relação com a natureza.
As idealizadoras do coletivo acreditam que com a injeção de energia e informação em encontros de mulheres, através do desenvolvimento e a aplicação de ferramentas adequadas, sobretudo explorando a escuta empática, pode-se iniciar processos de cura pessoal, empoderamento e emancipação das envolvidas. Além disso, acreditam também que a formação de grupos femininos são fundamentais para trazer a reconexão dessas mulheres com a sua própria natureza, assim como reconectá-las natureza que as cerca.
Por quê Mandala?
Mandala é uma palavra em sânscrito que significa círculo ou roda. A ideia central por detrás do nome é a concepção de encontros em que haja a formação de grupos em círculo, no qual não há espaços para posições de superioridade e/ou inferioridade dentre as participantes. Em um círculo também não é possível definir começos, meios e fins, assim como os processos individuais de cada mulher que fará parte dos encontros. E por fim, um círculo nos remete a condição cíclica humana – seja ela fisiológica, mental ou espiritual – ao caráter cíclico de toda a natureza e as relações sistêmica entre estes ciclos.
Primeiros passos
Os primeiros movimentos do Coletivo Mandala incluem levar gratuitamente a grupos de mulheres, sobretudo àquelas sem recursos financeiros próprios para tal fim, abordagens que gerem autoconhecimento e autodesenvolvimento através de encontros periódicos que incluem práticas de yoga, rodas de conversa, vivências e oficinas.
Sobre elas…

Um coletivo, em seu sentido social e humano, é representado por um grupo de pessoas que possuem um mesmo ideal e lutam ativamente pela mesma causa. Atualmente, o Coletivo Mandala é tocado pelas idealizadoras, mas a proposta é que, organicamente, outras mulheres se agreguem a esse movimento.
A Mara é educadora física, instrutora de yoga e especializada em yoga pré e pós natal. Ultimamente está desenvolvendo um trabalho com mulheres para o despertar de um novo feminino que promova o resgate da capacidade criativa que nos habita. É interessada no eu, no outro e no todo.
A Karine é doutora em biologia e desenvolve pesquisas relacionadas às ciências do mar. Também é instrutora (e eterna aprendiz) dos ensinamentos da tradição do yoga. É uma antiga defensora dos recursos naturais e da fauna e flora desse planeta, e uma jovem engajadora em movimentos para a expansão da força feminina no individual e no coletivo.
A Suse é formada em jornalismo, é fazedora de bolos e instrutora de yoga. Curiosa de nascença, sempre se interessou pelos mais variados assuntos. Acredita na participação política como convivência, integração e como campo passível de disputa de espaços e narrativas. Atualmente, está interessada em agregar-se à outras mulheres para falar, ouvir, aprender e juntas encontrar meios de transformar os espaços, tanto o público quanto o privado, para romper com os estigmas impostos pelo patriarcado.
Coletivo Mandala & Núcleo Autopoiesis
O Coletivo Mandala brota independentemente, porém ao mesmo tempo e lugar que o Núcleo Autopoiesis. Ambos possuem inspirações nas mesmas bases filosóficas que nutrem a visão sistêmica da vida, o yoga e o neo-humanismo.
Organicamente, Coletivo Mandala e Núcleo Autopoiesis se unem nessa jornada rumo a expansão do eu, do outro e de todos nós.